Manual para violao


















Em seguida afia-se alternadamente com movimento reto, em sentido contrrio ao do ferro, o lado chanfrado e o lado espelhado. Com uma lima plana, afiar o corte de uma raspadeira retangular, deixando a mesma com as arestas vivas.

Para isso deve-se fixar a lmina em p, usando de preferncia uma prensa morsa , de modo que sobressaia uma tera parte de sua superfcie. Em seguida, as bordas so afiadas com preciso sobre a pedra de amolar que deve estar umedecida. Para isso coloca-se a lmina ao longo de um pedao de madeira apoiado sobre a pedra de amolar.

Feito isto, retifica-se ento as bordas com um amolador de facas, tringulo ou dorso de uma goiva para se conseguir rebarba delicada, que forma o corte de lmina. Alm disso, pode-se colocar a raspadeira sobre o tampo de uma mesa, com o lado do corte sobressaindo um pouco, passando em seguida o amolador uma vez com forte presso sobre a face da lmina.

No interior de um tronco se distingui diversas camadas estruturadas. O cerne representa a parte mais dura do tronco de uma rvore e a que se usa na construo de instrumentos. O alburno a camada externa do tronco, que tem a funo de canalizar a gua e absorver o alimento da arvore. As espcies de rvores que produzem madeira para a construo de instrumentos so divididas em dois grupos: a Madeiras duras: leguminosas rvores que crescem mais lentamente; e so utilizadas para a construo dos fundos e laterais dos violes.

As madeiras tradicionalmente utilizadas para a confeco dos instrumentos de cordas dedilhadas, como o violo, cavaquinho, viola caipira e o bandolim, so; para o tampo, barras harmnicas e os leques, o abeto europeu, mais conhecido como pinho Picea abies , para o fundo e as laterais, o jacarand da Bahia Dalbergia nigra , para o brao, contra faixa e culatra, so o cedro Cedrela odorata e o mogno Swietenia macrophylla , e para a escala a mais utilizada o bano.

A pesquisa que buscou identificar espcies Amaznicas para a confeco de instrumentos musicais de corda dedilhada, atravs de anlise comparativa das caractersticas e propriedades fsico, mecnica e acstica. Quadro i Espcies madeireiras tradicionais e amaznicas e suas aplicaes na lutheria.

Os critrios que devem ser adotados na seleo das espcies Amaznicas devem seguir os parmetros descritos abaixo: Caractersticas anatmicas em geral cor, gr, textura e figura Propriedades fsicas densidades da madeira e contrao Propriedades mecnicas mdulos de ruptura e elasticidade na flexo esttica, compresses paralelas e perpendiculares gr, cisalhamento e dureza.

Determinao das caractersticas gerais Os cuidados que devem ser observados na escolha das madeiras para lutheria, devem obedecer alguns critrios, primeiro por tratar-se de uma atividade altamente conservadora, tanto os consumidores finais, os luthiers e principalmente os msicos. Para cada componentes dos instrumentos musicais necessrio que haja combinaes especficas destas caractersticas. Para o tampo devem-se usar espcies de cor clara, fundos e laterais, espcies de cor marrom escuro e para a escala ou espelho deve-se usar espcies de cor preta.

Schefflera morototoni Dalbergia spruceana Platymiscium ulei Brosimum rubescens Astronium lecointei Aniba canellila. Protium spp. Swartzia leptopetala Swartzia laxiflora Aniba canellila Dalbergia spruceana Cassia scleroxylon Ocotea fragantissima. A escolha da cor ter que levar em conta algumas exigncias j consagradas pela tradio, por exemplo, o tampo dos instrumentos deve ser confeccionado com madeira de cor clara, as laterais e o fundo de madeira de cor marrom escuro e a escala com madeira de cor preta.

A madeira para instrumentos musicais de cordas dedilhadas deve ser perfeitamente quartelada, o que significa dizer que a figura aparece sobre a superfcie radial. A madeira quarteada geralmente apresenta uma quantidade considervel do tecido dos raios, que em grande parte responsvel pelo valor decorativo e acstico da madeira. A densidade fsica uma propriedade de grande importncia por causa da sua relao direta com outras propriedades como, por exemplo, a resistncia mecnica.

Na confeco dos componentes dos instrumentos musicais se devem observar as diferentes densidades bsicas das espcies. As diferenas no aparecimento dos anis de crescimento, que resultam das variaes em tamanho e uniformidade das dimenses das clulas, constituem a textura da madeira. A maioria de espcies Amaznicas apresenta muitos poros grossos, com poros grossos de dimetros acima de micron e parnquima abundante visvel a olho nu, o que dificulta o processo de fino acabamento.

Para cada parte do violo utilizada uma espcie de madeira. A gr se relaciona s direes gerais das fibras e outros elementos da madeira, podendo ser definida como: direita, espiralada, reversa, ondulada e torcida. Para lutheria devem-se utilizar as madeiras que apresentam gro direita, o que possibilitara um enorme ganho na trabalhabilidade e nas propriedades acstica das espcies.

I - Desdobramento Faa o corte da madeira em radial veios longitudinal , para maior resistncia e melhor conduo da vibrao, veja figuras 1, 2, 3. O Tampo a parte mais importante do violo, por ele, transmite as vibraes das cordas, atravs do cavalete. Ao vibrar, provoca o movimento do ar contido na caixa de ressonncia. O Tampo construdo por duas peas continuas de madeira, medindo, mm de comprimento, por mm de largura e por 0,4 mm de espessura, veja figuras 4 e 5.

Uma vez unidas as duas peas, desenhe por meio de um molde a silhueta do violo. Efetue o corte com uma serra tico-tico ou manua, veja figura 6. Aps o corte da silhueta, calibre o tampo para 3. O passo seguinte, a incrustar da marchetaria roseta ou mosaico. Para definir o centro da boca do Violo Clssico, divida a linha central do Tampo em 3 partes, usando o primeiro tero superior, veja figura 7. Cortador circular, veja figura 8. Para efetuar o corte no tampo para incrustar a roseta, utilize um cortador circular, veja figura 8 A.

Para o primeiro corte interno , regule o cortador circular com 51 mm. O segundo corte externo , regule o cortador circular com 63 mm de abertura, veja figura 9. Aps os dois cortes iniciais, efetuem vrios outros cortes entre eles, para facilitar a retirada da madeira.

Para esta operao, utilize um pequeno formo, veja figura As funes principais da Roseta, so: i estrutural; reforar os terminais dos veios ao redor da boca do instrumento, evitando que o tampo venha a rachar, ii decorativo, e tambm, se usa como meio de personificar o luthier pelo seu desenho e esttica. Aps a retirada do excesso de madeira entre os dois cortes iniciais, encrave as fatias dos blocos do desenho central da roseta.

Aguarde 24 horas para uma colagem perfeita. Para incrustao das bordas, inferior e superior da roseta 5 mm cada , veja figura Incrustada a roseta, calibre o tampo com lixa gro at , at a espessura de 3 mm. Aps o acabamento, efetue o traado dos leques e barras harmnicas, veja figuras 13 e Efetue o corte da circunferncia da boca do violo, com 86 mm; Veja figura O detalhe de confeco de reforo da boca, e dos leques harmnicos.

Veja as figuras 16, 17, Cole os leques e barras harmnicas e reforo da boca, aps 24 horas de cura da cola, efetue acabamento com as lixa de gro , , veja figuras 19, 20, 21, III - Brao O Brao do violo requer uma madeira de grande estabilidade dimensional, de media densidade.

O brao composto pela voluta cabea e o salto, veja figura Para sua confeco, utilize uma pea de madeira com o corte radial, nas seguintes medidas: mm x 80 mm x 20 mm. Em uma pea de madeira medindo mm x 80 mm x 50 m, molde e corte a forma do salto, veja figura Colado ao brao, efetue um corte para encaixe das laterais.

As laterais so presas a esse corte com a ajuda de duas cunhas, veja figura 32,33,34,35, Faa o alinhamento do salto com o brao e cole prensando com grampos de marceneiro sargentos , por um perodo de 24 horas, para a cura da cola, veja figura IV - Voluta cabea Cole uma lamina, com as seguintes medidas; mm de comprimento, por 80 mm de largura e por 2 mm espessura, da mesma espcie da madeira utilizada no fundo e nas laterais, sobre a frente da voluta.

Aps a secagem da cola, desenhe o formato desejado. O desenho da voluta o mdio de identificao visual do luthier. Para construo da voluta, veja as figuras A funo do fundo do violo e refletir o som produzido pelo tampo, e construdo com uma espcie de madeira mais densa. Para a construo do fundo, sero necessrias duas peas de madeira, com corte radial, na seguinte medidas; mm de comprimento, por mm de largura por 0,4 mm de espessura, veja figura 5.

O processo do preparo para a colagem das peas que compem o fundo, e o mesmo do tampo, e deve ser colado com um filete ao centro, composto de uma lamina de madeira branca, de menor densidade, para garantir uma boa colagem. Aplique um reforo central na junta rea colada , observando os veios da madeira do reforo no sentido perpendicular aos veios da madeira do fundo, e deve ter; 15 mm largura e 2 mm de espessura, cole at 5 mm antes do salto e 5mm antes da culatra.

Para garantir a rigidez necessria aplique 3 travessas ou barras transversais, veja figuras Aps o processo de colagem, por meio de um gabarito, efetue o desenho da silhueta do fundo do violo, e corte com uma serra tico- tico. Calibre a pea do fundo, deixando a 2 mm, utilizando um calibrador com lixas gro 80, , , , ou raspilho. VI - Laterais a parte que define a silhueta e une o tampo com o fundo e o brao do instrumento, fechando a caixa de ressonncia.

A madeira da lateral a mesma utilizada para a confeco do fundo, e observe, sempre com o corte radial, veja figura 5. Uma vez fatiado em serra de fita ou circular, faz-se uma seleo por pares de corte e com veios iguais.

Calibre com lixa de gro 80, , , e no acabamento final com gro de , e Ficando com uma espessura de 1,8 a 2,0 mm, dependendo da densidade da madeira utilizada, veja figura Para dobrar as laterais, umedea levemente as peas e aquea em um forninho com resistncia eltrica, at 98 graus. Por meio de um gabarito, modele ate o ponto desejado, veja figura 55 e VII - Culatra Pea de madeira de baixa densidade, que refora a unio do tampo, fundo e laterais, veja figura VIII - Escala confeccionada por uma espcie de madeira densa e escura, e colada sobre a frente do brao at a boca do instrumento.

Sua funo receber os 19 trastes, necessrios para um violo, distribudos mediante clculos matemtico, para garantir a afinao do instrumento, veja figura Deve ser respeitadas sua forma e dimenso, veja figura 59,60, Exemplo: calculo da escala de um Violo Clssico mm. IX - Cavalete Pea de madeira, confeccionada da mesma espcie e densidade da escala e com corte radial. Alm de sustentar as cordas, tem a funo de transmitir atravs do rastilho, feito de osso de canela de boi, a vibrao das cordas para o tampo e conseqentemente para a caixa de ressonncia.

As seqncias de sua construo, veja as figuras 62,63,64,65,66, 67, X - marchetaria Para montar uma marchetaria e preciso laminas de madeira com cores distintas de acordo com suas idias. As laminas so de 0,5 ou 0,7 mm de espessura, veja figuras 69 e Faa um projeto de desenho desejado, veja figura 71, Atravs do projeto, podemos saber a quantidade exata de laminas, veja figura Junte as laminas formando as fileiras 1, 2, 3 e assim at a ultima fileira, veja figuras 74 e Para col-las no preciso impor muita presso, para evitar que desfaa o desenho desejado.

Os tacos de presso, podem ser fixados com pregos, veja figura Esse o ngulo em que deve ser colado o bloco de marchetaria, prepare uma base com esse ngulo, onde ser colado o bloco, veja figuras 77, 78, Aps o processo de colagem, espere 24 horas, para a cura da cola.

Logo aps, quando as peas estiverem secas, calibrar com 0,7 mm, para que cada tira se torne um quadrado. Depois, s juntar os filetes com base no projeto. Bloco Final. A Roseta colada com um raio de curva. Aps 24 horas de espera para cura da cola, fatie na transversal o bloco com 2 mm de espessura. Faa uma forma que encaixe o bloco enquanto voc corta, veja figura Pular no carrossel.

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